sexta-feira, 17 de setembro de 2010

3º Dia . La Vega - San Sebastian

3º Dia . La Vega - San Sebastian

Sérgio:
Ao contrário do que eu esperava, e depois de um dia com tantos azares, durante a noite não choveu. Acho que ainda não referi, mas a minha tenda já tem alguma história e a minha confiança nas suas capacidades impermeáveis já foi maior. Antes assim! ;)

Ainda no coração dos Picos da Europa, o primeiro objectivo do dia seria passar no posto da Guardia Civil de Potes para ali reportar a perda de documentos, e eventualmente carimbarem a minha fotocópia dando-lhe alguma validade...
Para a Potes chegar, existia uma ’pequena’ grande condicionante: dar vida à minha velha R65... ou a bateria antiga da R65 conseguia fazer o arranque matinal (sempre o mais difícil), ou ligava a mais pequena em paralelo... ou lá tinha de pedir ajuda a alguém com um carro nas imediações.

Surpresa das surpresas, a velha bateria decidiu cumprir a sua função (eu tinha carregado um pouco na noite anterior)!

Lá usufruimos um pouco mais das delicosas estradas dos Picos e sem demoras chegamos a Potes.
O posto da Guardia Civil fez-me lembrar os nossos postos da GNR das terriolas mais pequenas.
Fui atendido por um guarda muito jovem que depois de ouvir o meu relato me perguntou várias vezes se queria apresentar queixa. Eu expliquei que fundamentalmente pretendia uma declaração em como perdi os documentos e caso fossem encontrados se me seriam entregues na morada portuguesa.
Depois de algumas confusões e luta com o computador que aparentemente era um objecto com o qual ele não sentia grande empatia, lá consegui - imagine-se - que ele me carimbasse a fotocópia dos meus documentos como estando conforme os originais (que ele, como é óbvio ,nunca viu).
Parece que assim tinha realmente condições para continuar a viagem, pese embora me faltasse original ou cópia da carta verde...

A nossa próxima paragem seria em Bilbao onde pretendíamos almoçar e ver o Museu Guggenheim. Fizemos umas estradinhas bem giras (o Hugo não deve tardar a meter uns videos), e quase sem dar conta já estavamos à porta de Bilbao...
Quando penso em Bilbao, talvez defeito profissional ou não, a primeira imagem que tenho é a do Museu Guggenheim e foi precisamente aí que nos deslocamos.
Motas estacionadas lá perto, procuramos mantimentos num super-mercado local que curiosamente tinha um ‘hot-spot’ internet à porta. Hora de ver o email, responder a alguma mensagem urgente, pedir copia da carta verde à seguradora... isto dos telemoveis com wifi acaba por ser mais útil do que se pensa!

Como já referi anteriormente, este nosso projecto/viagem tinha como principal premissa ser low-cost. Isso implicava almoços de sandes, e agora que penso nisso, esta ideia funciona muito bem.
É um luxo poder almoçar ao ar livre, à sombra de uma árvore, bem juntinho a um Museu emblemático.

Museu visitado, alguns ‘recuerdos’ comprados estava na hora de seguir viagem...

Para variar a paisagem, desta feita seguimos junto à costa, mas, como de costume, optamos pelas estradas nacionais.. só assim se conhece bem uma zona :)

San Sebastian é uma cidade grande... grande e bonita. Logo à chegada e enquanto procuravamos um sitio para estacionar, deu para perceber a dimensão e de certa forma, alguma influência da proximidade da fronteira. A zona da praia faz-me lembrar o sul de França, enquanto que o miolo histórico me fez às vezes sentir em Paris. Estranho? Talvez..
Logo seguimos a explorar a cidade que muito me surpreendeu pela dimensão, cuidado urbanístico e acima de tudo... vida social!
É notória a diferença da forma de ser e viver entre os povos portugueses e espanhois: aqui vive-se muito mais a cidade, todas as pessoas saem do trabalho e vão socializar em vez de se fecharem em casa. ‘Me encanta!’ :)
(uma irmã mais velha da minha R65... bom gosto!)
Como a cidade era grande e interessante, e porque já estava a ficar tarde, decidimos jantar pela baixa para depois ir procurar parque onde ficar. A ideia de pernoitar numa pensão era interessante, mas eu preferia conseguir carregar a minha bateria durante a noite e para tal (é muito aborrecido tirar a bateria da mota), um parque de campismo seria o ideal.

Já de noite,com os dois GPS sem bateria, com o carregador da mota do hugo partido, lá tive de tentar ligar um carregador na minha.. mais um esforço para a minha já muito esforçada bateria. O certo é que tudo funcionou bem, e rapidamente fomos ‘conduzidos’ até ao parque mais próximo que ficava no cimo de uma colina sobranceira sobre a cidade.
Foi o parque mais caro onde estivemos, mas as condições também eram muito interessantes, com acesso internet, espaço afável e ambiente descontraído.
Como já vinha sendo costume, e para terminar o dia (ou noite) em beleza, umas cañas bem frescas souberam muito muito bem :)

Hugo:

Lá acordamos com a disposição de que este dia iria correr melhor. E correu. Começamos por desmontar tenda e arrumar as tralhas. Próximo passo: ir até Potes onde havia um posto da Guardia Civil e tratar da documentação! 

Há saida o Sérgio deu uma de realizador e fez 2 filmes (ainda nao editados):









este:







Enquanto o sérgio tratava da papelada eu resolvi ir dar um giro pela aldeia e tirar umas fotos:


Tudo tratado, vamos tomar um cafe e siga viagem. Achamos que nao valia a pena fazer mais filmagens e arrumamos tudo. Até que chegamos aqui:
Foi entao que percebemos que filmar mais um pouco aquelas paisagens. Mais um video:





Próxima paragem: Bilbao. De Bilbao , para alem do nome da cidade  , ouvira falar no Sagrado Coração de Cristo ( não há fotos pois o Sérgio queria era seguir para o museu!!) e o Museu Guggenheim.

Chegámos pouco antes do almoço. Fomos directos ao Museu. Atravessámos o Centro de Bilbao , passamos pelo Sagrado Coração de Cristo  , que é uma estatua enorme, no topo de um pilar igualmente enorme , situada numa rotunda e lá avistamos o Museu. Andamos ás voltas para conseguir lá parar ao pé. Tentamos encontrar um parque de motas , mas nada. Resolvemos entao parar as motas em cima do passeio à porta de um café bue chique que lá se encontrava:


Procuramos um supermercado. 1º o Sérgio foi pedir a informações a umas pessoas que passavam na rua que eram... turistas franceses! Por acaso , um taxi parou ou pé de nós e lá nos indicou onde havia um supermercado. Não usar só o GPS tem destas coisas! Interacção com as pessoas. Como se diz agora no Facebook: "Like!" . Antes de chegarmos ao supermercado apanhamos uma zona wireless grátis. Ver email, checkar Facebook, Blog, responder à chamada do trabalho e bora la comprar pão fiambre queijo paté iogure e uma garrafa de agua. Comemos à beira rio com vista para Bilbao e para o Museu por cerca de 2eur. Que mais podiamos querer?

Bem hora de tirar mais umas fotos e visitar o museu.


Recuerdos comprados , fotos tiradas, hora de seguirmos para o próximo destino: Donostia - S. Sebastian.



Inicialmente começamos por percorrer estradas nacionais e os acessos a Donostia - S.Sebastian eram impecaveis. Quando vimos que a distancia era cerca de metade, se fossemos por AE, optamos por esta.
Ainda nos cruzámos com camionistas tugas que nos cumprimentaram com aquelas buzinadelas de camião. FFFFOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOONNNNNNNNNNNNNNNNNN.

Após a incerteza do caminho ( O GPS do Rui estava nas lonas de Bateria ) vi a placa que indicava o inicio da cidade. Donostia-S.Sebastian. Mais: ao aproximar-me da costa comecei a reconhecer a paisagem de quando lá passava quando ia de férias com os meus pais: CHEGÀAÀÀMOOSS!!!! Assim que reconhecia a zona de praias, parei. Curiosidade: paramos mesmo ao pé de uma loja de motos. Resolvo entrar para ver se tem algum carregador para a BMW. Enquanto esperavamos vimos isto:


As scooters nao nos largaram. Como alguem disse em outra ocasião:"É o universo a dizer que voces são uns grandas meninos" :D.

Bem, era hora de até downtown , parar as motas e dar uma volta. E até para parar as motas foi dificil. Os parques para motos estavam cheios!!!!! Parques, ruas, tudo. Nunca me tinha acontecido até entao, quer em Portugal quer em Espanha , um motociclista parar e perguntar "Desculpe, vai sair?" estado eu ao pé da minha mota estacionada!!


Tudo arrumado, bora lá "oservar a cena". Quando começamos a andar pela cidade, era a  hora de fecho das lojas. Quase em sintonia, estava toda a gente a fechar. Mas não ia para casa. Ficava em ameno convivio pelas ruas. Crazy place!! Mais uma vez, sai um grande "Like!" a esta atitude de nuestros hermanos!


Mas não eram só motas pelas ruas. Haviam bicicletas. Muitas mesmo. Á centenas. Fez-me ver o quão usado este meio de transporte ainda é. Mais fez-me pensar que se calhar aqui em Lisboa também era gajo para começar a usar de vez em quando:

(Espectaculo de rua em S.Sebastian)

Hora da janta. Devidos aos preços elevados, resolvemos ir a um MacD. Mesmo ai os menus eram um pouco mais caros. Usamos a pouquinha bateria para descobrir o parque de Campismo. Havia 1 a 9km e outro a 20. Optámos pelo mais perto. Já era noite , estavamos cansados  de andar de mota e de andar a pé.  Lá fizemos checkin. O parque foi o mais caro que encontramos em toda a viagem. No entanto era bastante bom. Area de bar, esplanada, com wireless calmo. Mesmo o que precisavamos. Facebook em dia, mail actualizado, telefonemas para casa e uma imperial ( ou fino como o Sérgio diz lá no norte : D ) e relax:


Por tudo a carregar e bora lá xonar que amanha é outro dia!!

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